O vitiligo é uma doença crônica do grupo das discromias. As discromias são doenças que se caracterizam por alterações na pigmentação da pele.
As lesões de vitiligo ocorrem por diminuição ou ausência de melanóticos, que são células responsáveis pela produção de melanina na pele em alguns locais do corpo. Existem diversas teorias para o surgimento do vitiligo, dentre elas a teoria autoimune, teoria da autotoxicidade e a teoria neurogênica. Existe um fenômeno, chamado fenômeno de Koebner que acontece em diversas doenças cutâneas, incluindo o vitiligo. Esse fenômeno ocorre quando em um local que sofre traumatismo no corpo, surgem manchas de vitiligo ou da doença em questão (por exemplo, a psoríase).
Sugere-se que traumas emocionais também desencadeiem vitiligo, mas são apenas hipóteses.
É importante ressaltar que o vitiligo é crônico e não é contagioso, além de não trazer prejuízos a saúde interna.
Os pacientes com vitiligo apresentam manchas claras distribuídas pelo corpo. Muitos pacientes com vitiligo tem a sua auto estima abalada por conta das manchas. Outro problema que os pacientes com vitiligo enfrentam é o preconceito de pessoas que desconhecem que a doença não é contagiosa ou são simplesmente intolerantes com o outro por ter uma aparência diferente do padrão.
O vitiligo é classificado nos seguintes tipos:
Considera-se vitiligo estável os casos em que não há lesão nova durante um ano. É reconhecida a associação do vitiligo com outras doenças, sendo as mais comuns hiper e hipotireoidismo, anemia perniciosa, doença de Addison, diabetes melito, hipoparatireoidismo, miastenia gravis, alopecia areata, morfeia, liquen esclerose, psoríase e nevo halo.
O diagnóstico do vitiligo é essencialmente clínico, pois as manchas hipopigmentadas têm, geralmente, localização e distribuição características. A lâmpada de Wood auxilia a delimitar a verdadeira extensão das lesões de vitiligo. A biópsia é dispensável, mas pode ser usada em casos de dúvida diagnóstica.
Normalmente em consulta são solicitados exames laboratoriais para descartar doenças autoimunes que possam estar associadas ao vitiligo.
O diagnóstico deve sempre ser feito por um dermatologista. O dermatologista será capaz de classificar o tipo de vitiligo do paciente, verificar se há alguma doença autoimune associada e indicar a terapêutica mais adequada.
Medicamentos tópicos, fototerapia e, em alguns casos, corticoterapia oral. A cirurgia é reservada para casos de vitiligo estável.
Os pacientes devem evitar fatores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes, como usar roupas apertadas, ou que provoquem atrito sobre a pele.
As lesões provocadas pela doença, não raro, impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima. Por isso, na maioria casos, recomenda-se o acompanhamento psicológico.