A sífilis é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).
Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.
O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré natal previne a sífilis congênita e é fundamental.
O uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina é a medida mais importante de prevenção da sífilis, por se tratar de uma DST.
Os sintomas da sífilis variam de acordo com cada estágio da doença, que divide-se em:
Primária:
Secundária:
Latente – fase assintomática:
Terciária – sintomas:
Uma pessoa pode ter sífilis e não saber, isso porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo. Por isso é importante se proteger, fazer o teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta. Quando não tratada, a sífilis pode levar a várias outras doenças e complicações, inclusive à morte.
O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial.
Nos casos de TR positivos, um teste laboratorial deve ser feito para confirmar o diagnóstico.
Com certa frequência em consultório eu faço a suspeita clínica de sífilis através de lesões suspeitas de secundarismo. Por esse motivo incluo em minha investigação complementar os testes laboratoriais para sífilis e já diagnostiquei alguns casos com certa frequência e os pacientes ficaram bem surpresos com o diagnóstico.
A sífilis também é conhecida como a grande imitadora das doenças dermatológicas e deve estar na mente do dermatologista como uma das hipóteses clínicas em certos casos.
O tratamento de escolha é a penicilina benzatina (benzetacil), que poderá ser aplicada na unidade básica de saúde mais próxima de sua residência. O número de doses varia com a fase em que a doença foi diagnosticada. Os casos de sífilis com acometimento de sistema nervoso central exigem internação para administração da penicilina cristalina.
Esta é, até o momento, a principal e mais eficaz forma de combater a bactéria causadora da doença.
Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, com a penicilina benzatina. Este é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical, ou seja, de passar a doença para o bebê.
A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante.