Pênfigo é o nome utilizado para abranger um conjunto de doenças incomuns da pele, caracterizadas pelo surgimento de bolhas que podem acometer a pele e mucosas (boca, região genital, conjuntiva, dentre outras).
A doença afeta basicamente a pele e, em alguns casos, as mucosas, não causando alterações significativas em órgãos internos. A exceção é quando o comprometimento cutâneo e mucoso é tão intenso, que facilita a infecção secundária, favorecendo o risco de sepse (infecção generalizada).
Apesar de ainda não se conhecer muitos detalhes sobre o pênfigo, sabe-se que ele ocorre devido a uma resposta autoimune, que ataca a epiderme (parte mais superficial da pele) e causa uma perda de aderência entre as células, o que explica o aparecimento das bolhas.
Os pênfigos são classificados em:
Pacientes com pênfigo apresentam surgimento de bolhas frágeis, que rapidamente se rompem deixando áreas erosadas, desnudas, que evoluem com dor e queimação local. As mucosas podem ser comprometidas, dificultando sua função normal.
O diagnóstico do pênfigo é feito através da apresentação clínica complementada por biópsia, imunofluorescência Direta e Indireta.
Através da biópsia é observada a clivagem da pele a nível epidérmico e a imunofluorescência permite identificarmos os anticorpos aderidos. Com esses dois métodos é possível identificar a classificação do pênfigo.
O tratamento é feito a base de medicamentos tópicos e orais que visam impedir a autoagressão do sistema imunológico. Em casos mais graves, o dermatologista pode pedir a internação do paciente até que os sintomas mais graves desapareçam.
Mesmo com o uso de medicamentos, é muito importante orientar o paciente sobre higienização adequada das lesões, uso de curativos locais quando necessário e uma hidratação cutânea intensa.