O QUE É?
Alopecia areata é uma doença autoimune que provoca a queda de cabelo. Diversos fatores estão envolvidos no seu desenvolvimento, como a genética e a participação autoimune. Os fios começam a cair e costumam gerar falhas circulares sem pelos no couro cabeludo. A extensão dessa perda varia, sendo que, na maioria dos casos, poucas regiões são afetadas. Em outros, a perda de cabelo pode ser maior. Há casos raros de alopecia areata total, em que o paciente perde todo o cabelo da cabeça; ou alopecia areata universal, na qual caem os pelos de todo o corpo. A alopecia areata não é contagiosa.
Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro. A evolução da alopecia areata não é previsível. O cabelo sempre pode crescer novamente, mesmo que haja perda total. Isto ocorre porque a doença não destrói os folículos pilosos, apenas os mantêm inativos pela inflamação. Entretanto, novos surtos podem ocorrer.
A alopecia areata não possui nenhum outro sintoma além da perda brusca de cabelos, com áreas arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações. A pele é lisa e brilhante e os pelos ao redor da placa saem facilmente se forem puxados, o que caracteriza teste de tração positivo, sinônimo de doença em atividade. Os cabelos, quando renascem, podem ser brancos, adquirindo posteriormente sua coloração normal. A forma mais comum é uma placa única, arredondada, que ocorre geralmente no couro cabeludo e barba.
O paciente com alopecia areata também pode apresentar alterações nas unhas em 7 a 50% dos pacientes, ocorrendo mais frequentemente nas formas mais graves.
Outras doenças autoimunes podem acontecer concomitantemente, como vitiligo e doenças da tireóide, por exemplo. Por esse motivo é importante complementar a investigação com exames laboratoriais.
O principal dano ao paciente é psicossocial, relacionado a autoimagem.
O diagnóstico da alopecia areata é clínico. A tricoscopia auxilia bastante e serve para acompanhamento do paciente.
O tratamento depende do tipo de alopecia areata.
Para os casos de alopecia areata em placas o tratamento mais efetivo é a corticoterapia intralesional (triancinolona 5 a 10 mg/ml), inclusive pode ser usada na sobrancelha uma dose menor (2,5 a 5 mg/ml). As injeções de triancinolona devem ser feitas pelo médico em consultório. A corticoterapia de alta potência pode ser usada nos intervalos entre as aplicações.
Para os casos mais extensos, as respostas terapêuticas não ultrapassam 60% de eficácia. Utiliza-se a imunoterapia com difenciprona (DPCP), antralina e corticóides tópicos em oclusão.
Casos extensos e/ou de rápida evolução podem ser tratados com imunossupressores sistêmicos. Eventualmente a fototerapia pode ser usada.
O minoxidil a 2 a 5% pode ser usado como adjuvante em todos os tipos.