Dra. Priscilla Ortiz Dermatologista

Queda de cabelo

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Clínica Especializada em Queda de cabelo em Taubaté e São José dos Campos

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O QUE É?

Em tricologia chamamos a queda de cabelo de eflúvio. Classificamos o eflúvio em telógeno, anágeno e ele pode ser misto em algumas situações.

O pêlo apresenta as seguintes fases:

  • a fase anágena, que é a fase de crescimento do fio. A fase anágena é a mais duradoura, cerca de 3 a 6 anos, cerca de 80 a 90% dos fios encontram-se nessa fase.
  • fase catágena – é uma fase de regressão e de transição entre a fase anágena e a fase telógena. Dura cerca de 3 semanas.
  • fase telógena, dura cerca de 3 meses; é uma fase de repouso do fio que já está pronto para cair. Nessa fase o fio vai sendo empurrado por um fio anágeno que dará lugar ao fio telógeno quando ele cair.

É normal e esperado que haja uma queda diária de cerca de 100 fios telógenos por dia.

SINTOMAS

O paciente se queixa de queda de cabelo e, a depender da causa da queda de cabelo, pode haver falhas no couro cabeludo.

Na maioria das vezes o paciente que se queixa de queda de cabelo apresenta eflúvio telógeno, uma situação benigna, desencadeada por alguma situação de estresse emocional ou fisiológico. O eflúvio telógeno dura cerca de 3 meses e melhora sem tratamento, porém os pacientes se assustam com a queda de cabelo. Vale lembrar que para todo fio telógeno que cai, há um anágeno em crescimento. É por isso que o paciente com eflúvio telógeno não apresenta falhas nem fica careca.

Causas menos comuns de queda de cabelo são:

Alopecia areata, uma doença autoimune que, além da queda do cabelo, provoca falhas reversíveis no couro cabeludo. Quando se apresenta na forma de alopecia areata difusa, pode simular clinicamente a alopecia androgenética, mas ao teste de tração percebemos queda ativa aguda e com fios telógenos e anágenos distróficos. A alopecia areata universal leva a queda não só dos pêlos do couro cabeludo, como dos pêlos do corpo, dentre eles cílios e sobrancelhas.

Eflúvio Anágeno: ocorre quando o paciente faz quimioterapia ou sofre intoxicação e evolui com queda de grande parte do cabelo. O desprendimento de fios anágenos representa sempre anormalidade. No eflúvio anágeno por agentes antineoplásicos há perda capilar por interrupção abrupta da atividade mitótica da matriz folicular 1 a 2 semanas após o início do tratamento, culminando na falta de produção ou afinamento e fragilidade capilar. Intoxicações por agentes mercuriais, arsênico, vitamina A, ácido bórico e tálio, bem como desnutrição proteica grave e doenças endócrino-metabólicas, também são implicadas na causa do eflúvio anágeno. Frequentemente o eflúvio anágeno leva a alopecia total do couro cabeludo.

Síndrome dos Anágenos Frouxos: é uma doença que ocorre em crianças e se caracteriza por cabelo sem brilho que não cresce e cai facilmente. Trata-se de uma alteração na ancoragem dos cabelos anágenos. Acredita-se que a síndrome seja resultado de uma queratinização prematura na bainha interna do pelo, que produz adesão deficiente entre a cutícula da bainha interna e a cutícula do cabelo.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da causa da queda de cabelo é feito através da história clínica do paciente, exame físico do couro cabeludo, teste de tração, tricoscopia e, se necessário, tricograma e biópsia do couro cabeludo.

Nos casos de eflúvio telógeno, costumo pedir exames laboratoriais para complementar a investigação.

TRATAMENTO

O tratamento do eflúvio telógeno é feito baseado na investigação e tratamento da causa de base. A queda de cabelo por eflúvio telógeno é autolimitada e não requer intervenções. Eu costumo prescrever complexo vitamínico contendo biotina por 90 dias para ajudar nessa recuperação.

Nos casos de eflúvio telógeno crônico, pode ser necessário o uso de Minoxidil oral ou tópico. É importante o paciente ser informado de que o minoxidil pode induzir uma queda inicial dos fios telógenos.

A densidade capilar é recuperada em 6 a 12 meses após a resolução do fator precipitante, porém pode levar mais tempo se o cabelo for muito comprido.

No caso da alopecia areata, o tratamento dependerá da gravidade. Normalmente é iniciado o uso de corticoides tópicos. Pode ser necessário infiltrar triancinolona. Casos mais graves necessitam de terapias individualizadas.

No caso do eflúvio anágeno, a retomada ao ciclo normal ocorre habitualmente pouco tempo após o término da terapia antineoplásica.

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