O procedimento de peeling químico é feito através da aplicação de agentes esfoliantes que destroem a epiderme e/ou a derme.
Após o procedimento de peeling químico a pele se recupera e apresenta um aspecto de melhora global.
Trata-se de um procedimento programado e controlado pelo médico dermatologista, de acordo com o tipo de ácido aplicado, a concentração do ácido, o número de camadas e o tempo de ação do agente químico escolhido.
Com os peelings químicos é possível rejuvenescer a pele através da redução de manchas, rugas e cicatrizes. É possível também controlar e tratar as lesões de acne dos pacientes com os peelings químicos.
Os peelings químicos são classificados de acordo com a profundidade que conseguem atingir.
O peeling químico pode ser muito superficial, equivalente a uma esfoliação, pois remove apenas a camada córnea da pele, que é a camada mais superficial da pele; podem ser superficiais, quando removem parte ou toda a epiderme; médio, quando remove toda a epiderme e parte ou toda derme papilar (porção intermediária da pele); profundo, quando remove a epiderme, a derme papilar até a derme reticular (camada mais profunda da pele).
Para a realização do peeling químico o paciente deve passar em consulta médica com seu dermatologista para verificar qual profundidade de peeling é ideal para o seu caso, avaliando a expectativa que se deseja alcançar, assim como a tolerância do paciente ao pós procedimento. A recuperação do peeling é mais lenta conforme a profundidade que se atinge. Na semana seguinte após o procedimento costuma ocorrer descamação da pele e o paciente deve ser orientado a não remover essa descamação com as mãos, pois ela costuma se resolver sozinha.
O médico dermatologista consegue atingir a profundidade adequada com a correta escolha do agente químico, a concentração e o número de camadas. É possível também realizar combinação de ácidos em consultório para atingir os resultados desejados. Eu costumo sempre combinar ácidos de acordo com o tipo de pele do paciente, a ocorrência de lesões de acne associadas e o grau de envelhecimento dessa pele.
Após a consulta médica, o dermatologista costuma prescrever um preparo para casa com ácidos e clareadores para aumentar a capacidade de penetração do peeling assim como reduzir as chances de efeitos colaterais indesejados no pós procedimento.
Ao chegar ao consultório no dia do procedimento o paciente é fotografado, é realizada limpeza adequada da região a ser tratada e aplicação do peeling de acordo com o protocolo individualizado montado pelo médico dermatologista.
O paciente deve permanecer com o peeling pelo tempo recomendado pelo dermatologista (caso seja peeling a base de ácido retinóico, por exemplo) e lavar o rosto somente com o sabonete prescrito pelo dermatologista.
O paciente também é orientado a usar filtro solar físico a cada duas horas em toda região tratada, além de hidratantes e cosméticos indicados para manutenção dos efeitos cosméticos.
O filtro solar físico é a base de minerais e não contém substâncias irritantes. Como a pele fica sensível após a realização do peeling químico, os filtros solares físicos são os mais indicados para esse momento.
Os peelings químicos são indicados para o rejuvenescimento da pele, pois melhoram rugas, ceratoses actínicas (lesões pré cancerígenas) e flacidez de pele superficial. Os peelings químicos também melhoram as manchas, sejam elas sardas, melasma, manchas que surgiram após inflamação (por exemplo mancha após acne), melanoses solares (manchas causadas pelo sol).
Também conseguimos com os peelings melhorar o aspecto de cicatrizes superficiais após acne ou após acidentes. O peeling químico também pode ser usado para melhorar os resultados do tratamento da acne e outros tratamentos estéticos de rejuvenescimento, sendo um excelente aliado ao dermatologista.
Normalmente são indicadas pelo menos 3 sessões, uma a cada duas semanas, de acordo com a necessidade de cada paciente.