A pediculose é a doença causada pelos piolhos: insetos parasitas que se alimentam de sangue, vivem e se reproduzem na superfície da pele e dos pêlos. Pode ser confirmada pela presença de lêndeas ou piolhos no couro cabeludo.
As lêndeas são mais comuns e fáceis de achar e representam os ovos dos piolhos. Ao exame observamos pontinhos brancos que ficam agarrados aos fios dos cabelos.
Já o piolho é o parasita, correspondendo aos insetos pretos que ficam caminhando pelo couro cabeludo, mais difíceis de serem encontrados.
Há dois tipos de pediculose: a pediculose do corpo e a pediculose do púbis (“chato”).
A transmissão da infestação se dá por meio de contato direto interpessoal, destacando-se as situações de aglomeração infantil, como escolas e creches. A pediculose do corpo é adquirida pelo uso compartilhado de roupas. Já a pubiana pode ser adquirida por via sexual.
É mais comum o surgimento da pediculose em crianças de 3 a 11 anos, sobretudo nas meninas de cabelos longos. O principal sintoma é a coceira, que de tão intensa, pode provocar pequenos ferimentos na cabeça, atrás das orelhas e nuca.
É possível visualizar o parasita e seus ovos (lêndeas) no couro cabeludo do paciente acometido.
Na pediculose do corpo são encontradas escoriações, pápulas (“bolinhas”), pequenas manchas hemorrágicas e pigmentação, principalmente no tronco, na região glútea e abdome.
Na pediculose pubiana (chamada de “chato”, pois o parasita responsável tem forma achatada) há prurido e são encontradas manchas violáceas, escoriações e crostas hemorrágicas na região. Pode ocorrer também infecção secundária em qualquer região, que necessitará de tratamento com antibiótico tópico ou oral, a depender da extensão e gravidade do acometimento.
Na pediculose do couro cabeludo é comum o aparecimento de ínguas (aumento do tamanho dos linfonodos) atrás das orelhas e nuca.
No tratamento da pediculose são utilizados vários tratamentos:
É fundamental o tratamento dos familiares ou comunicantes do doente. Raramente é necessário o corte de cabelos de crianças acometidas.
Para prevenir a pediculose, o ideal é evitar o compartilhamento de roupas, toalhas, acessórios de cabelo e outros objetos de uso pessoal, bem como evitar o contato direto cabeça com cabeça ou cabelo com cabelo de pacientes infestados.
Limpeza exagerada e uso de inseticidas no ambiente domiciliar são desnecessários. Manter escovas de cabelos submersas em água por 10 minutos é uma medida suficiente para matar o piolho presente nos utensílios contaminados.