O QUE É?
A foliculite queloidiana da nuca é uma doença caracterizada pela formação de pústulas foliculares na nuca que evoluem para lesões queloidianas. As pústulas são lesões que se assemelham a espinhas repletas de pus em seu interior.
A foliculite queloidiana da nuca é mais comum nos homens afrodescendentes que apresentam politriquia, ou seja, fusão de folículos na superfície da pele, onde surgem dois ou três pelos. A foliculite queloidiana da nuca afeta a parte de trás da cabeça e a nuca. Começa com pequenas protuberâncias que coçam e se formam ao redor da nuca, ao longo da linha do cabelo. À medida que o tempo passa, os pequenos inchaços tornam-se cicatrizes, e os pelos à sua volta caem. As cicatrizes eventualmente aumentam e se parecem com quelóides, que são cicatrizes duras e elevadas. As áreas afetadas apresentam-se sem cabelos, mas fios partidos ou encravados podem ser observados entre as lesões queloidianas e nas margens das placas.
Embora a causa exata seja desconhecida, existem algumas teorias para o surgimento da foliculite queloidiana da nuca:
Pústulas, pápulas, cicatrizes queloidianas com alopecia cicatricial (áreas que não crescem mais cabelo). As lesões predominam na região posterior da cabeça.
O diagnóstico é clínico, após avaliação da história e exame físico realizado por um dermatologista.
O tratamento da foliculite queloidiana da nuca é difícil, e não há até o momento uma terapia de primeira linha. O tratamento deve ser iniciado tão logo apareçam os primeiros sintomas para se evitar a progressão da doença para o quadro queloidiano, de controle mais difícil. Xampus antissépticos podem ser indicados. Na fase papular em que predomina a reação inflamatória, corticoides tópicos podem ser indicados. Pode ser optado por antibiótico tópico ou oral a depender de cada caso.
Já as cicatrizes queloidianas instaladas podem ser tratadas com infiltração de triancinolona em consultório.
O tratamento mais adequado para cada paciente deve ser determinado pelo médico dermatologista.