O QUE É?

A dermatite atópica é uma doença inflamatória comum da pele que normalmente começa na infância e é frequentemente associada com outros distúrbios “atópicos” como asma e rinoconjuntivite alérgica. É uma doença genética complexa, com influências ambientais.

Caracteriza-se por coceira intensa, evolução crônica ou cronicamente recidivante, com períodos de melhora e piora.

SINTOMAS

Em crianças a dermatite atópica costuma surgir com inflamações agudas em regiões extensoras (braços e pernas), couro cabeludo e bochechas. Já nas crianças maiores, adolescentes e adultos a apresentação costuma se alterar para inflamações crônicas e predileção por regiões flexoras (atrás dos cotovelos e joelhos principalmente).

Costuma ocorrer xerose cutânea (pele seca) e lesões eczematosas (lesões vermelhas, que podem “minar água”) na pele, principalmente nas dobras dos braços, atrás do joelho, pescoço, mãos e pés.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da dermatite atópica é clínico, baseado em morfotopografia (localização das lesões), cronicidade e outros achados clínicos. Pode ser acompanhado por aumento da IgE no sangue (o que não é obrigatório para fechar diagnóstico).

TRATAMENTO

O tratamento da dermatite atópica baseia-se na hidratação da pele, corticoides tópicos, imunomoduladores. Quando há infecção secundária é necessário o uso de antibiótico oral.

Em casos mais graves pode ser necessário o uso de fototerapia com UVB, UVA, PUVA ou imunossupressores orais.

Os pacientes devem adotar estilo de vida que reduza ao máximo o número de recidivas, conforme as recomendações abaixo:

• Banhos rápidos;
• Água morna, nunca quente, durante o banho;
• Evitar sabonetes e preferir os syndets, que limpam de forma mais suave a pele, respeitando o pH natural;
• Abusar dos hidratantes (usar o recomendado pelo seu dermatologista, o uso de produtos errados, dentre eles cosméticos perfumados inespecíficos, pode agravar o problema), principalmente após o banho e outras vezes ao dia, conforme a necessidade da pele. Existem hidratantes específicos para uso durante as crises e aqueles que podem ser usados para prevenir as crises. Essas informações devem ser bem alinhadas com o dermatologista que cuida do caso.
• Preferir roupas de algodão, evitar tecido sintético e lã;
• Em caso de crises, sempre compareça em consulta médica para ser orientado e tratado da maneira mais adequada.