Câncer de pele
cancer de pele

O QUE É?

O câncer de pele é o câncer mais comum no mundo (o câncer de pele não melanoma). Existem alguns tipos de câncer de pele. Os principais são o Carcinoma Basocelular, o Carcinoma Espinocelular, o Melanoma e o Linfoma Cutâneo.

SINTOMAS

O Carcinoma Basocelular é o câncer de pele mais comum e não costuma dar metástase. Aparece como uma ferida que não cicatriza e às vezes sangra. O Carcinoma Basocelular pode acometer qualquer região do corpo, porém é mais comum nas áreas que sofreram exposição crônica ao sol.

O Carcinoma Espinocelular é menos frequente que o Carcinoma Basocelular e costuma apresentar mais escamas na apresentação, parecendo uma verruga. O Carcinoma Espinocelular pode ser precedida por lesões escamosas pré cancerígenas (Ceratoses Actínicas) ou não. Daí a importância de se tratar as lesões de ceratoses actínicas precocemente, pois 30% têm chance de se transformar em um carcinoma espinocelular. O Carcinoma Espinocelular pode evoluir com metástase e costuma ser mais agressivo que o Carcinoma Basocelular.

O Melanoma é um câncer de pele fatal que, quando não diagnosticado precocemente, costuma levar a morte. Hoje em dia com a dermatoscopia conseguimos diagnosticar precocemente os nevos atípicos e realizar a biópsia excisional, permitindo o diagnóstico precoce do Melanoma, com possibilidade de cura do paciente.

Os linfomas cutâneos existem de diversos tipos, o mais comum é a micose fungóide que, apesar do nome, não é micose, mas um tipo de linfoma cutâneo que raramente acomete os órgãos internos e costuma melhorar com associação de medicamentos tópicos e fototerapia.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico do câncer de pele é feito através do exame físico seguido por biópsia. No caso de suspeita de melanoma, a biópsia deve ser feita de forma excisional, isto é, retirada de toda a lesão.

TRATAMENTO

O tratamento do Carcinoma basocelular e Espinocelular é feito após a biópsia. O Carcinoma Espinocelular in situ, também chamado de Doença de Bowen e o Carcinoma basocelular superficial podem ser tratados com medicações tópicas como o imiquimode. Já o Carcinoma Basocelular nodular e os demais tipos, assim como o Carcinoma Espinocelular exigem tratamento cirúrgico. Alguns médicos realizam curetagem e eletrocoagulação do Carcinoma Basocelular no diagnóstico inicial, mas não é minha preferência.  Alguns casos de Carcinoma Espinocelular e Basocelular podem ser tratados com radioterapia, com bons resultados.

Os casos de recidiva exigem uma abordagem por um Dermatologista Especialista em Cirurgia Dermatológica habilitado a realizar a Cirurgia Micrográfica de Mohs, um tipo específico de cirurgia em que a margem da lesão é analisada em centro cirúrgico através de técnica de congelação.

O Melanoma, quando diagnosticado através da biópsia excisional, deve ser classificado de acordo com a profundidade da lesão pelo patologista. Em alguns casos é indicada pesquisa de linfonodo sentinela para avaliação do prognóstico (gravidade do paciente), para pesquisa de metástases. Caso trate-se de melanoma in situ, é realizada ampliação da margem cirúrgica, uma nova cirurgia e esse material é enviado para análise. Os casos de melanoma com metástase devem ser acompanhados por um oncologista experiente para o tratamento adequado com quimioterapia e/ou imunoterapia específica.

Os linfomas cutâneos do tipo micose fungóide exigem acompanhamento e tratamento com medicações tópicas e fototerapia. Casos mais avançados ou refratários podem necessitar de interferon, poliquimioterapia ou fotoforese extracorpórea (fototerapia do sangue).

PREVENÇÃO

A prevenção se dá através da proteção solar desde a infância, não somente com protetor solar tópico, mas com medidas como evitar exposição solar entre 10h e 16h, andar sempre na sombra, usar roupas de proteção solar.

Pacientes com história de câncer de pele na família devem fazer acompanhamento com dermatologista para avaliação de todas as lesões. Pacientes com múltiplos nevos melanocíticos (muitas pintas pretas) podem necessitar de mapeamento corporal com dermatoscopia digital, especialmente se houver história familiar de melanoma.

Pacientes com manchas no corpo devem sempre procurar o dermatologista, pois pode se tratar de um linfoma cutâneo.

O segredo é sempre buscar o dermatologista quando perceber feridas que não cicatrizam ou qualquer outra lesão de pele e caprichar na proteção solar, tanto física quanto mecânica.

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