Dra. Priscilla Ortiz Dermatologista

O que são fungos cutâneos?

Os fungos cutâneos são organismos microscópicos que habitam a pele humana e podem causar infecções. Eles pertencem ao reino Fungi e são classificados em diferentes gêneros e espécies, sendo os mais comuns os dermatófitos, leveduras e fungos não dermatófitos. Esses fungos podem se proliferar em ambientes úmidos e quentes, tornando a pele um local propício para seu desenvolvimento, especialmente em áreas como pés, virilha e axilas.

Tipos de fungos cutâneos

Os fungos cutâneos podem ser divididos em três categorias principais: dermatófitos, leveduras e fungos não dermatófitos. Os dermatófitos são os mais conhecidos e são responsáveis por infecções como a micose. As leveduras, como a Candida, podem causar infecções em áreas úmidas do corpo. Já os fungos não dermatófitos, embora menos comuns, também podem causar problemas de pele, especialmente em indivíduos imunocomprometidos.

Como os fungos cutâneos se espalham?

A transmissão de fungos cutâneos ocorre principalmente por contato direto com a pele infectada ou por meio de superfícies contaminadas, como pisos de academias, vestiários e piscinas. Além disso, o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas e roupas, pode facilitar a disseminação desses organismos. A higiene inadequada e a umidade excessiva também são fatores que contribuem para a proliferação dos fungos na pele.

Fatores de risco para infecções fúngicas

Vários fatores podem aumentar o risco de infecções fúngicas na pele. Entre eles, destacam-se a umidade, o calor, o uso de roupas apertadas e a falta de ventilação. Além disso, condições de saúde como diabetes, obesidade e doenças autoimunes podem predispor os indivíduos a desenvolver infecções fúngicas. O uso prolongado de antibióticos também pode alterar a flora cutânea, favorecendo o crescimento de fungos.

Sintomas de infecções por fungos cutâneos

Os sintomas de infecções fúngicas na pele podem variar dependendo do tipo de fungo envolvido. Os sinais mais comuns incluem coceira, vermelhidão, descamação e lesões cutâneas que podem apresentar bolhas ou crostas. Em casos mais graves, a infecção pode se espalhar para áreas adjacentes da pele, causando desconforto e complicações adicionais. É importante que qualquer alteração na pele seja avaliada por um dermatologista.

Diagnóstico de infecções fúngicas

O diagnóstico de infecções por fungos cutâneos é realizado por meio de avaliação clínica e exames laboratoriais. O dermatologista pode realizar um exame físico detalhado e, se necessário, solicitar a coleta de amostras da pele, cabelo ou unhas para análise microscópica. Testes como cultura fúngica e exame direto são fundamentais para identificar o tipo específico de fungo e determinar o tratamento adequado.

Tratamento para fungos cutâneos

O tratamento de infecções fúngicas na pele geralmente envolve o uso de antifúngicos tópicos ou orais, dependendo da gravidade da infecção. Os antifúngicos tópicos são frequentemente prescritos para infecções leves, enquanto os orais são indicados para casos mais severos ou recorrentes. Além disso, medidas de higiene e cuidados com a pele são essenciais para evitar a reinfecção e promover a recuperação.

Prevenção de infecções fúngicas

A prevenção de infecções por fungos cutâneos envolve práticas simples, mas eficazes. Manter a pele limpa e seca, especialmente em áreas propensas à umidade, é fundamental. O uso de roupas leves e arejadas, além de evitar o compartilhamento de objetos pessoais, também ajuda a reduzir o risco de infecções. Em ambientes públicos, como academias e piscinas, é importante usar chinelos e evitar andar descalço.

Quando procurar um dermatologista?

É aconselhável procurar um dermatologista ao notar qualquer alteração na pele que persista por mais de duas semanas ou que cause desconforto significativo. Sintomas como coceira intensa, vermelhidão e descamação podem indicar uma infecção fúngica que requer avaliação profissional. O tratamento precoce é essencial para evitar complicações e promover a recuperação adequada da pele.