Herpes zóster

O que é?

 

A herpes zóster é uma infecção viral que resulta da reativação do vírus varicela zóster, o vírus que causa a catapora na criança. O que faz o vírus ser reativado é geralmente desconhecido, mas, às vezes, a reativação ocorre quando uma doença ou medicamento enfraquece o sistema imunológico. Essa reativação pode ocorrer também em situações de estresse emocional, que acabam afetando a imunidade do indivíduo.

 

Sintomas

 

O quadro clínico da herpes zóster é quase sempre típico. Na maior parte dos casos, antecedem às lesões cutâneas (na pele) os seguintes sintomas:

 

  • dores nevrálgicas (nos nervos);
  • parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão etc),
  • ardor e coceira locais;

 

Outros sintomas que podem também anteceder as erupções de herpes zóster:

 

  • febre;
  • dor de cabeça;
  • mal-estar.

 

A erupção é unilateral, raramente ultrapassa a linha mediana e segue o trajeto de um nervo. Surge de modo gradual e leva de 2 a 4 dias para se estabelecer. Quando não ocorre infecção secundária, as vesículas se dissecam, formam-se crostas e o quadro evolui para a cura em duas a 4 semanas.

 

As regiões mais comprometidas são:

 

  • a torácica (53% dos casos);
  • cervical (20%);
  • correspondente ao trajeto do nervo trigêmeo (15%);
  • lombossacra (11%).

 

Em pacientes imunodeprimidos, por exemplo, que fizeram transplante e tomam imunossupressores, as lesões surgem em localizações atípicas e, geralmente, disseminadas.

 

Nos pacientes com herpes zóster disseminado e ou recidivante é aconselhável investigar causas de imunossupressão, como neoplasias ou HIV.

 

A herpes zóster pode provocar algumas complicações e uma das mais comuns é a nevralgia pós herpética, que corresponde a dor persistente por 4 a 6 semanas após a erupção cutânea. A nevralgia pós herpética pode se tornar permanente e exigir tratamento por longos períodos com medicações para a dor, como a gabapentina.

 

Diagnóstico

 

Os exames laboratoriais, ou seja, o diagnóstico laboratorial, não são utilizados para confirmação ou descarte dos casos de herpes zóster, exceto quando é necessário fazer o diagnóstico diferencial em casos graves.

 

Tratamento

 

O tratamento deve ser iniciado nas primeiras 48 a 72 horas dos sintomas iniciais, com doses altas de aciclovir, penvir ou valaciclovir.
Hoje em dia recomenda-se a vacinação contra herpes zoster para adultos acima de 50 anos e deve ser considerado de rotina para idosos acima de 60 anos. A vacina não previne a herpes zóster, mas previne a nevralgia pós herpética. Infelizmente a vacina só está disponível na rede privada.

 

Em caso de dor ou queimação que acometa apenas um lado do corpo, seguida pelo surgimento de pequenas bolhinhas, o paciente deve procurar rapidamente um médico para iniciar o tratamento com a dose adequada de antivirais, com o intuito de reduzir os sintomas e a duração do quadro clínico.